sábado, 29 de abril de 2017

PRECONCEITO LINGUÍSTICO



O Preconceito Linguístico é aquele gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre de um mesmo idioma.


De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo.




O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social.






quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pressupostos e Subentendidos



Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, ir além da informação que se encontra explícita, identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas.
Exemplos:
-Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.
Pressupostos
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.
Exemplos:
-Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos:
·         Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,...
·         Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes,...
·         Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que
·         Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,...
Subentendidos
Os subentendidos são insinuações, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase.
Exemplos:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
- Você vai a pé para casa agora?
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas horas.





quarta-feira, 26 de abril de 2017

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA




A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.
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CONCEITO 
Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolinguística usam o termo leto, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas variações: 
DIALETOS: variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
IDIOMA:  é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral).
SOCIOLETOS:  variações faladas por comunidades socialmente definidas. Linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação.
IDIOLETOS: variação particular a uma certa pessoa. Registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões.
ETNOLETOS: para um grupo étnico.
ECOLETOS: um idioleto adotado por uma casa. 
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distinguidos não apenas por seu vocabulários, mas também por diferenças na gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem. 
É uma questão de definição se gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variações do léxico, e de, portanto, estilo. 









Denotação e conotação



DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

A língua portuguesa é rica, interessante, criativa e versátil, encontrando-se em constante evolução. As palavras não apresentam apenas um significado objetivo e literal, mas sim uma variedade de significados, mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e conhecimentos das pessoas que as utilizam.
Exemplos de variação no significado das palavras:

  • Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido próprio ou literal)
  • Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido figurado)
SENTIDO DENOTATIVO
SENTIDO CONOTATIVO
Sentido real
Sentido figurado
Permite uma única interpretação
Permite várias interpretações
Dicionário
Contexto
Sentido comum a todos
Rico, expressivo (mais de um sentido)
Impessoal
Pessoal
Objetivo
Subjetivo (sentimentos)
Textos informativos (jornalísticos)
Textos literários/publicitários (poemas, romances e propagandas)

Denotação

Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original. Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
Exemplos:
  • O elefante é um mamífero.
  • Já li esta página do livro.
  • A empregada limpou a casa.


Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece.
A conotação provoca sentimentos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre outros.
Exemplos: 

  • Você é o meu sol!
  • Minha vida é um mar de tristezas.











REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

terça-feira, 25 de abril de 2017

Coesão e coerência textual

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso.

COESÃO TEXTUAL: é a harmonia, resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto que, assim, colaboram para a sua organização.
Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:
  • As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica.
  • As substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).
  •  Os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
  •  A correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais.

COERÊNCIA TEXTUAL: é a relação lógica entre as idéias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.

Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo: 
"As ruas estão molhadas porque não choveu."

Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:

  • Princípio da Não Contradição- idéias contraditórias;
  • Princípio da Não Tautologia- idéias redundantes, repetições obvias;
  • Princípio da Relevância- idéias que se relacionam.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: